Alados meus, depois de já ter entrevistado praticamente todos os autores do livro "
Amores Impossíveis", nada mais justo do que também reservar um espacinho para uma das pessoas que mais colaboraram para que esta obra virasse realidade, não acham? Pois é, hoje vamos conhecer um dos organizadores da antologia, o Roberto Laaf.
Mas antes de chegar a entrevista do dia, gostaria de compartilhar com vocês uma entrevista feita comigo que foi publicada ontem no blog "As Palavras Fugiram". Recomendo que vocês passem lá para ler, pois revelei nela algumas novas informações sobre o livro "Doce Sonho Alado":
Também gostaria de agradecer ao blog "Literatura & Eu", que gentilmente me adicionou entre seus autores parceiros e também publicou uma pequena divulgação contendo um pequeno texto sobre mim:
Logo o blog também estará participando da campanha "
Queremos ler Doce Sonho Alado", aguardem! Aliás, peço que vocês continuem rezando e/ou torcendo por mim em relação a publicação do livro "Doce Sonho Alado", agora preciso mais do que nunca do apoio de vocês (status: ainda não desesperada... por enquanto... rsrs).
Finalmente, vamos a entrevista de hoje, não deixe de conferí-la até o final. Hoje teremos algo bastante especial, com perguntas e respostas cultas, pois sabemos que o Doce Sonho Alado é um blog seríssimo... só que não... hehehe...
Entrevista DSA com Roberto Laaf:
Depois de conhecermos um pouco sobre os novos escritores que ganharam o CLEC 2012, trago hoje um pouco mais sobre o organizador do concurso que mais tem estado em contato conosco desde o princípio, que é o Roberto Laaf. Eu queria na verdade poder falar sobre todo mundo envolvido diretamente na preparação da antologia, mas como o Roberto é o contato mais próximo que tenho, considerem como uma homenagem a todos que trabalharam para que "
Amores Impossíveis" fosse publicado.
Agora, falando um pouco sobre o entrevistado, Laaf possui sete livros de sua autoria publicados, é criador do CLEC, está a frente da editora
Alcantis e é diretor executivo do
Grupo Ponto do Autor, além de estar a frente de várias outras iniciativas (no fim do post há alguns links que você pode visitar para obter informações mais detalhadas).
Como eu já disse, é ele que tem "aturado" nós participantes do CLEC 2012, por isso não posso deixar de convidá-los para que passem também nas entrevistas com os autores de "
Amores Impossíveis": a
Francine, o
Wellington, a
Fabiane, a
Vanessa, o
Ricardo, o
Wesley, a
minha louca entrevista comigo mesmo, a
Lu Franzin, a
Graci Rocha, a
Vivian, a
Alessandra e a
Aline.
Sem mais delongas, vamos começar a entrevista de hoje. Espero que todos tenham uma leitura agradável e que curtam as respostas e os comentários!
Perguntas:
DSA: Antes de tudo, queria parabenizá-lo pela iniciativa do Concurso Literário Escritor Contemporâneo! Quais são os frutos que este concurso lhe proporcionou até agora? E quais são as suas expectativas para a edição de 2013? Roberto: Obrigado, Sheila, pelos parabéns e pela oportunidade de uma entrevista ao DSA.
Bem, os frutos do CLEC restringem-se a algo mais abstrato, como a alegria de testemunhar novos autores realizando o sonho de ver suas criações publicadas; o brilho de felicidade nos olhos daqueles que puderam ter o gostinho de uma noite de autógrafos; e, principalmente, a possibilidade de acompanhar o crescimento e os outros passos que muitos desses autores continuam dando após o concurso.
Um fruto maior, e que está prestes a ser colhido, é a publicação exclusiva de um dos autores consagrados pelo CLEC. É algo que eu já esperava, e sabia ser apenas uma questão de tempo até chegar a hora certa. Acho que já posso divulgar, então: a Francine Porfírio recebeu meu convite para um projeto que tem por objetivo a publicação de um livro solo, e, em mais algumas semanas, o contrato será enviado a ela.
Quanto às expectativas para o CLEC 2013, são as melhores possíveis, ainda mais agora que ele está com o Grupo Ponto do Autor, e pretendo me empenhar ao máximo para que a obra dessa edição (Corações Enfeitiçados) seja especial. Há muitas ideias relacionadas ao CLEC que serão implementadas ao longo dos próximos dois anos, mas posso adiantar que o ano de 2015 será surpreendente para os autores selecionados em todas as edições até lá.
Comentário pessoal: não posso deixar de desejar sucesso a Francine, claro! Uma ótima notícia que ela logo lançará seu livro solo! E não posso deixar de falar sobre essa última afirmação sobre o ano de 2015... Como assim? Fiquei curiosa! O duro vai ser ter que esperar até 2015 para saber o que é... como dói ser curiosa!DSA: Agora conte-nos o que o levou a embarcar no mundo literário. Surgiu de um sonho de infância ou é algo mais recente em sua vida? Roberto: Eu sempre tive esse lado criativo um pouco agitado, e, desde pequeno, uma das formas mais práticas de manifestar as inúmeras ideias que ficavam fervilhando em minha mente era escrever. Tenho ainda alguns escritos antigos (pena que muita coisa se perdeu no tempo), desde poemas e acrósticos até pequenos contos, enfim, criações guardada que surgiram durante minha infância. Mas não foi aí que eu diria ter surgido a vontade de me tornar um romancista, afinal, tive longo períodos de inatividade literária no final da infância e durante a adolescência.
Para resumir, o “desejo” de ser romancista surgiu mesmo bem depois, quando assisti a um filme em que o protagonista é um escritor e opta por ficar um tempo sozinho na casa em que fora criado pela falecida tia, com a proposta de escrever seu novo livro. Aquela cena em que ele está sentado na quietude da sala, diante do computador, sob uma iluminação quase de lareira, foi “o chamado”! Tive certeza de que queria aquele futuro para mim.
Obviamente a prática saiu completamente diferente à teoria; não há sossego e nem tampouco iluminação de lareira, somente prazos, metas, compromissos, pendências, cobranças e uma agitação interminável. Mas amo demais tudo isso, mesmo assim.
Para os curiosos de plantão, o filme é de 1986, um terror cômico produzido pelo diretor Steve Miner. O título original é House, mas aqui recebeu o nome de “A Casa do Espanto” (não confundir com “A Hora do Espanto”).
Comentário pessoal: já disse em outras entrevistas que é mesmo comum esse encantamento dos escritores pelo mundo dos livros desde a infância (seja pela leitura ou pela escrita deles), embora surja em graus e de formas diversas. Que interessante este "chamado", fiquei imaginando a sensação daquele instante...DSA:Agora uma pergunta mais descontraída: tem alguma situação inusitada ou curiosa que você já passou que gostaria de nos contar? Roberto: Ah, são muitas, daria para ficar um bom tempo contando as situações inusitadas pelas quais eu passei. Mas, para mantermos o foco em literatura, contarei sobre o lançamento do meu primeiro livro, há dez anos, que foi o romance de fantasia medieval "Virgo – A era dos homens".
Quando lançamos nosso primeiro livro a expectativa é a mais alta possível, e desejamos que tudo esteja impecável, certo? Comigo não foi diferente, e depois de anos de projeto (por várias razões o prazo se alongou), eis que invisto no lançamento do livro; contrato designer para produzir uma capa maravilhosa; bufê para servir coquetel; produção de convites impressos, etc. Tudo caminhava para a perfeição, mas...
No dia do lançamento os livros chegaram no local com mais de meia hora de atraso, as pessoas não paravam de perguntar pelo livro e, alguns convidados, que estavam com mais pressa e haviam passado apenas para me dar um abraço e comprar o livro, tiveram de ir embora de mãos abanando. Quando os livros chegaram, empacotados de qualquer maneira em caixas que estavam praticamente se desfazendo, abri uma dessas “caixas”, cheio de ansiedade, e... Tive aquela visão do inferno! Livros mal encadernados, vários sujos de cola (daquele que cheira a 1km de distância) e, para coroar minha primeira noite de autógrafos, a capa estava horrorosa, embaçada, mal impressa; enfim, anos-luz de distância do que a designer havia criado.
Posso afirmar que foi uma experiência inesquecível, e, embora não tenha sido nada agradável, serviu de lição para muitas situações que vieram pela frente e para as quais senti-me preparado para evitar ou contornar.
Comentário pessoal: nossa, que dia desastroso! Fica então aqui uma dica para todos nós: estar sempre atentos aos imprevistos que possam acontecer, e sobretudo estar preparados para contornar tudo o que possa dar errado, isso em qualquer esfera da nossa vida. Espero de coração que as confusões deste dia não se repitam da mesma forma no futuro!DSA: Todo bom amante de literatura tem suas preferências em matéria de histórias. Quais livros, filmes ou seriados mais lhe encantam? Se pudesse participar de algum desses mundos, qual escolheria?Roberto: Eu costumo caminhar pelos extremos, adoro os romances, daqueles cheios de promessas e entregas apaixonadas para todo o sempre, mas também gosto demais das produções de terror; quanto mais assustador, melhor; principalmente os que envolvem cargas psicológica e espiritual mais forte.
São muitos seriados, já vi quatro vezes a série Millennium (não é a história do Stieg Larsson, é a série de três temporadas sobre o ex-agente Frank Black alguns meses antes da virada do milênio); adorei a série “A Sete Palmos” e agora estou maravilhado com a série “American Horror Story”.
Sou fã de carteirinha da saga Crepúsculo; do livro “As Bruxas de Oxford” da Larissa Siriani, da série Fallen (Lauren Kate), que traz o amor entre Lucinda e Daniel; do romance “Paganus” (Simone O. Marques) e das apaixonantes histórias de Jane Austen.
Se eu pudesse participar de um desses mundos escolheria Millennium, mas certamente teria feito algumas escolhas diferentes daquelas que o protagonista foi obrigado a fazer no decorrer da série.
Comentário pessoal: por favor, não me fale de Luce e Daniel, que vontade tenho de explodir Daniel Grigori! Aliás, pode também aproveitar que a Bethany de "Halo" é anjo também e explodir os dois juntos! Vou ler em breve o final de ambas as sagas (assim que terminar a leitura de "As Crônicas de Nárnia") e tenho certeza que vou ficar decepcionada por não encontrar uma explosão no fim... hehehe... Não me entendam mal, vocês sabem que amo as duas sagas (e muito, ou não teria lido e nem postado sobre elas aqui no DSA), mas eles são personagens do exato tipo que me dá vontade de vomitar!Crepúsculo vocês já sabem que assisti os filmes e gosto moderadamente da série de filmes, o enredo em geral é muito interessante (cof, cof, gosto mais dos atores "zenzuais", cof, cof). Como ainda vou ler os livros, não vou dizer quem eu quero explodir de lá, não por hora... hehe.DSA:O que você acha da situação da literatura brasileira atual? Roberto: Acho que estamos passando por uma fase de adaptação que se faz urgente; tem muita coisa sendo impulsionada pela abertura digital, mas o cenário como um todo ainda está meio nebuloso, é como se tivessem dado uma sacudida em nosso meio literário e a poeira estivesse em suspensão. Tenho a sensação de que o mercado está crescendo, vejo mais pessoas interessadas na leitura diversa, mas acho que falta muito para alcançarmos um padrão de qualidade a que pudéssemos chamar de padrão de primeiro mundo. Os livros aqui continuam absurdamente caros e a qualidade do que é produzido está muito aquém do que seria ideal.
Comentário pessoal: concordo plenamente. Em questão de procura por parte dos leitores, tem havido um avanço considerável; podemos ver isso, principalmente, através dos inúmeros blogs literários e da divulgação em massa de livros via redes sociais. Quanto aos custos, deixa muito a desejar. E isso, inclusive, desestimula que pessoas interessadas a embarcar no mundo da leitura comprem seu primeiro exemplar. Espero que essa situação melhore logo!DSA:O que você mais gosta de fazer em seu tempo livre?Roberto: Gosto muito de ler, mas, confesso que ultimamente tenho lido pouco livro como entretenimento, a maioria das minhas leituras tem sido técnica, voltada ao trabalho editorial ou à produção de material relacionado aos eventos que produzo, mesmo nos tempos que teoricamente seriam livres.
DSA:Para você, o que um livro precisa ter para ser considerado bom?Roberto: Gosto de livros elaborados de forma inteligente, daqueles que nos levam a refletir bastante sobre o que está acontecendo na narrativa e induzindo-nos a tentar antecipar o que está por vir. São livros assim que assim conseguem nos envolver na história, sem dúvida.
No entanto, ainda que uma história tenha sido elaborada de forma inteligente, para o meu gosto isso ainda não é o suficiente, não garante que o livro seja considerado bom, porque a história também precisa ser contada por meio de uma narrativa convincente, isenta de vícios e distante da personalidade do autor. Uma boa narrativa pode nos desprender de onde estamos e transportar para outro lugar.
Se tiver apenas uma dessas duas características, elaboração inteligente e narrativa convincente, é só um livro razoável, mas, se tiver as duas, o livro é bom.
Comentário pessoal: boa resposta. Acredito que seja, inclusive, a grande diferença entre livros que se perdem empoeirados nas prateleiras e os bests-sellers que encantam inúmeras gerações de leitores.DSA:Se pudesse mudar algo na realidade brasileira em geral, o que seria? Roberto: Sinceramente, nem vou inventar nada só para ficar legal ou fazer-me de politicamente correto na entrevista, a verdade nua e crua é que há tempos nada me ocorre sobre essa questão; não acredito que algo possa realmente ser feito para mudar a realidade brasileira. O país é grande demais e cheio de riquezas, mas está nas mãos das pessoas erradas por muito tempo, e, com ou sem passeatas, é algo que não vejo como mudar.
Chegamos a um círculo vicioso difícil de ser quebrado, um ciclo em que o povo não merece os líderes que tem, os líderes não merecem o país que dirigem e o país não merece o que o povo lhe dá em troca.
Comentário pessoal: primeira vez na história das entrevistas DSA que alguém me dá uma resposta assim, geralmente os entrevistados citam a educação, ou a desigualdade social, ou a miséria. Sem dúvida é um ponto de vista que merece ser analisado por todos nós brasileiros. Ainda assim, acredito que algo possa ser feito sim, apenas não seria uma solução que venha a surtir efeitos a curto prazo, e esse é o problema, pois seria muito difícil convencer os brasileiros a apoiarem algo que não trará resultados no aqui e agora. Mundo difícil, mas nada é impossível.DSA: Tem alguma meta para o ano de 2013? Ou prefere que as coisas aconteçam naturalmente? Roberto: Tenho, sem dúvida, aliás, tenho várias metas para este ano. Estou atualmente envolvido em seis eventos que vão ocorrer neste semestre e quero fazer de tudo para que cada um deles saia de acordo com o planejado e eu possa, como sempre tem sido meu desejo em cada iniciativa, levar alegria aos corações de muitas pessoas que vivem a literatura.
Em ordem cronológica, tem agora no final de agosto a semana de literatura na fnac RJ, com a participação de treze dos quarenta autores indicados ao Codex de Ouro deste ano; o "Quadriblog – Desafio Literário" e o lançamento do livro “O Reverso do Destino” da autora Fernanda Borges pelo selo Alcantis em setembro; o Halloween Literário e o CLEC 2013 com o lançamento de “Corações Enfeitiçados” pela APED Editora no final de outubro; o Prêmio Literário Codex de Ouro em novembro e o I Prêmio Literário Orbe de Cristal logo no início de dezembro.
Comentário pessoal: e que tudo isso possa ser realizado da melhor forma possível! Estou torcendo para que todas as metas venham a ser um sucesso!DSA: Se você pudesse dar um grande presente a humanidade, qual seria ele? Por quê? Roberto: Um novo começo, para que pudesse escrever uma história geral menos feia, com menos ganância e mais compreensão e amor (verdadeiro) ao próximo.
E o Kiko?
Essa parte da entrevista consiste no seguinte: eu enumero algumas palavras e o entrevistado marca uma opção de acordo com o grau de importância que isso tem na sua vida.
1 - Internet: (X) Não vivo sem.( ) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 2 - Lutar pela preservação do meio ambiente: ( ) Não vivo sem. (X) Me importo.( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 3 - Política:( ) Não vivo sem. (X) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 4 - Esportes: ( ) Não vivo sem. ( ) Me importo. (X) Sou indiferente.( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente.5 - Redes Sociais:( ) Não vivo sem. (X) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 6 - Celular/Telefone: ( ) Não vivo sem. (X) Me importo.( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 7 - Televisão:( ) Não vivo sem. (X) Me importo.( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente.8 - Notícias da atualidade:(X) Não vivo sem. ( ) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 9 - Religião/Deus: (X) Não vivo sem. ( ) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente. 10 - Livros: (X) Não vivo sem. ( ) Me importo. ( ) Sou indiferente. ( ) Não me importo. ( ) Desprezo totalmente.Ping-Pong:
Agora vamos terminar com um ping-pong, responda com uma palavra (ou uma frase):
Literatura é - Aprendizado Se eu pudesse... - Descansaria Deus - Fonte Família - Laços eternos Sucesso - Destino Um medo - Ausência Um sonho - Felicidade Essa entrevista para mim foi - Surpreendente O CLEC é - A oportunidade para uma experiência de superação entre aqueles que desejam compartilhar sua criatividade e dar seus primeiros passos em direção ao mundo dos escritores. O Roberto é - Luta Muito obrigada, Roberto, pela entrevista incrível! Se você leu até aqui é porque se interessou de alguma forma pelo trabalho do entrevistado, então procure visitar os links abaixo para que você possa saber mais sobre o seu trabalho:
Páginas, blog e perfis sociais:
Espero que tenham gostado da entrevista de hoje, ainda não sei quando publicarei mais delas, mas podem aguardar algo bem especial!
Beijinhos Alados,