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Coisas de Escritora - A Bipolaridade de quem escreve

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Bipolar: 1. Que tem dois polos. 2. Cuja concentração está em dois polos ou posições opostas. 3. [Eletricidade] Que tem bipolo. 4. [Geografia] Relativo aos dois polos ou às duas regiões polares. 5. [Psiquiatria] Que tem uma perturbação de humor caracterizada por alternância entre estados depressivos e estados de excitação eufórica.


Alados, o assunto sobre o qual falarei hoje não acontece só comigo, nem com um restrito grupo de escritores, acontece com todos nós, sem exceção; e pode se manifestar de várias formas diferentes. Mas antes de começar, preciso lembrar a todos que o meu livro "Doce Sonho Alado" estará com 25% de desconto no Clube de Autores até o dia 21/03! Não deixem de aproveitar essa oportunidade, pois talvez ainda demore bastante para outra promoção acontecer!!! O link do livro DSA é o seguinte:


Coisas de Escritora - A Bipolaridade de quem escreve:

Quando começamos a escrever, geralmente estamos felizes, confiantes, cheios de inspiração, nada parece estar errado com o texto que está começando a se desenvolver. Sempre que as primeiras linhas surgem, já pensamos: "Uau, que fenômeno! Todos vão amar este livro!"
No dia seguinte (e, às vezes, até no mesmo dia), lemos as mesmas linhas que ontem foram motivo de orgulho e pensamos: "Mas que porcaria é essa? O que deu na minha cabeça para escrever isso?" E, como se isso não bastasse, pouco depois a coisa muda outra vez e você se vê apaixonado pelo trecho que escreveu a princípio.
Aposto que você já sentiu a mesma coisa. O processo de escrita é uma verdadeira montanha russa de sentimentos: alterna entre estados de confiança, insegurança, inspiração, ansiedade; são tantos níveis diferentes que qualquer um sentiria vontade de vomitar se fosse realmente um brinquedo de parque de diversões.
E para quem pensa que isso só se manifesta no que diz respeito à hora de construir uma trama, saiba que também há variações do mesmo fenômeno com outras coisas do mundo dos escritores. Por exemplo, há momentos em que pensamos que o livro vai ser um sucesso de vendas, outros em que juramos que ninguém vai adquiri-lo; também podemos pensar que estamos progredindo muito bem na construção do livro, ou que nunca vamos conseguir chegar ao final da mesma; podemos pensar que vamos receber vários elogios dos leitores, ou ficamos morrendo de medo só de pensar que todo mundo vai esculhambar nossa obra... enfim, a bipolaridade já é uma companheira fiel de quem escreve, não tem jeito. Querendo ou não, ela está lá.
O grande problema é, entretanto, que esse "sobe e desce" pode também prejudicar o andamento do livro se tomarmos alguma decisão precipitada, como apagar grande parte da história, por exemplo. Tente nunca, jamais, em hipótese alguma fazer coisas assim em dias em que você estiver de mau humor. Sério.
A verdade é que para ser um escritor de verdade é preciso ter três qualidades principais: ser um bom sonhador, do tipo que luta pelo que acredita; não ter vergonha de manifestar sua loucura vez ou outra e ter coragem de se arriscar. É preciso ter nem que seja só um pouco de ousadia para lidar com esses momentos de bipolaridade, saber qual é a hora em que devemos acreditar que é possível investir na obra, ou se é preciso começar tudo outra vez e ir ajustando cada pedaço, até que chegue ao jeito que desejamos para ela.

É, nós somos assim: eternos loucos sonhadores, cheios de ousadia.

Para saber sobre mais "Coisas de Escritora", clique aqui.

Beijinhos Alados,

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