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Coisas de Escritora - Morte de Personagens

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Alados, não posso deixar de falar sobre esse assunto, até porque estou lendo no momento a obra de um especialista em mortes de personagens (nem preciso falar quem é, vocês já sabem... hehehe).
Até então, já escrevi algumas mortes da saga DSA, e planejei outras (nem todas estão no segundo livro, calma!), porém, não posso dizer que cheguei a sofrer com elas. Claro que eu também não me divirto ao elaborá-las — longe de mim uma coisa dessas! —, mas todas estão planejadas justamente para garantir que a trama continue. São necessárias, sabe...
Entretanto, sei bem que um autor também sofre ao dar um fim à vida de um de seus preciosos "bebês". Tenho pelo menos uma dúzia deles que jamais conseguiria matar. Acho que o que mais faz com que soframos é a possibilidade de nunca mais ler sobre aquele seu novo amigo de papel e tinta. A gente acaba se afeiçoando demais, e quando vê que não vai poder ler mais nenhuma linha sobre ele, é uma verdadeira facada no coração. Mesmo que depois ele apareça em lembranças, pensamentos, sonhos e etc, não é a mesma coisa do que "lê-lo" andar, falar e interagir com os vivos.
Uma boa estratégia seria fazer uma história fantástica em que as pessoas nunca estão definitivamente mortas (uma coisa meio SPN, sabe), só que isso demanda todo um equilíbrio para que a história não fique ridícula. Até agora não me atrevi a fazer isso, mas espero que minha imaginação um dia me leve a criar uma trama que possa ter um truque para evitar o "adeus definitivo"; poder voltar com qualquer um quando me der na telha.
Também há a questão de que o contexto do livro precisa condizer com o número de finados. A famosa saga "Crônicas de Gelo e Fogo" permite tantos cadáveres porque o clima da história combina com elas. Agora, pensemos em um livro como o meu, onde tudo acontece no Brasil, nos dias de hoje, geralmente em uma escola... não dá para matar todo mundo, a menos que uma bomba acabe explodindo, ou algo parecido. É preciso garantir a verossimilhança (lembrando que ela não tem a ver com a história ser igual à realidade, mas sim fazer sentido para o leitor).
Só acho que nunca me transformarei numa "serial killer" literária. Eu me apego aos meus personagens, gosto de vê-los interagindo; só faço com que um deles se vá para sempre se realmente for indispensável para a trama. Também não curto muito mortes extremamente tristes como, por exemplo, matar um cachorro ou um personagem super querido. Só que, dessa vez, não posso dizer que não matarei um personagem querido. Como já disse, há mortes necessárias. Infelizmente. Sabe aquelas mortes que nos fazem chorar litros e litros? Pois é, às vezes o escritor é obrigado a fazer com que aconteçam. Tudo bem que tem alguns que eu acho que fazem apenas por pura maldade, mas aí já é opinião pessoal... hehehe.
Enfim, antes de odiar um escritor por ter matado seu queridinho, pergunte-se: "O que teria acontecido se ele sobrevivesse? Será que foi preciso deixá-lo ir?" Precisamos aprender a amar as hitórias mesmo não concordando com tudo, mesmo sentindo que não será possível continuar vivendo sem a presença de seu personagem favorito. Outros personagens virão, outras hstórias farão diminuir a sua dor; é preciso aprender a se despedir e seguir em frente, mesmo no mundo da ficção...

Sei que é difícil, mas a vida (real ou não) é feita dessas coisas.

Não posso deixar, é claro, de terminar o post convidando a todos a conhecer o meu livro "Doce Sonho Alado", o link dele é o seguinte:


Estou contando com o apoio de todos. Mesmo que você não esteja em condições de comprá-lo, uma divulgação já é muito bem-vinda!

Para ler mais "Coisas de Escritora", clique aqui.


Beijinhos Alados,

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